A produção agropecuária e as exportações brasileiras dessas matérias-primas foram as principais responsáveis por evitar que a economia do país tivesse a primeira retração na atividade econômica do ano. O PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas geradas no país) ficou estável, isto é, nem cresceu nem caiu, entre julho e setembro.
Economia brasileira tem crescimento zero no terceiro trimestre e PIB de 2012 depende de crise na UE, dizem analistas.
A pesquisa das contas nacionais, divulgada nesta terça-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que a agricultura e a pecuária foras as únicas que cresceram entre as atividades internas. E como o Brasil é um grande exportador de produtos agrícolas, a exportação também teve resultado positivo.
A agropecuária avançou 3,2% entre o segundo e o terceiro trimestre. No caminho contrário, a indústria e os serviços recuaram, assim como o consumo das famílias. Em outras palavras, as fábricas produziram menos, o brasileiro gastou menos no comércio e os serviços (que engloba desde a atividade da empregada doméstica até aulas de professores e o corte no cabeleireiro) ficaram quase na mesma – nem cresceram nem caíram.
Segundo o IBGE, o bom resultado da agropecuária pode ser explicado pelo período de boa safra de itens como mandioca (estimativa de crescimento de produção em 2011 de 7,3%), feijão (6,1%) e laranja (3,1%).
Na comparação com o terceiro trimestre de 2010, a agropecuária também cresceu (6,9%). Os outros componentes da demanda interna ficaram com avanços mais modestos, entre 1% e 2,8% para a indústria e o consumo das famílias.
As exportações se destacaram no âmbito externo, crescendo 1,8% entre o segundo e o terceiro trimestres. Isso significa que o Brasil exportou parte de sua grande produção interna e conseguiu manter o PIB fora do vermelho.
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Frente ao mesmo trimestre do ano passado, as exportações e as importações de bens e serviços apresentaram crescimento, de 4,1% e 5,8%, respectivamente.
- A valorização cambial ajuda a explicar o maior crescimento relativo das importações. Os produtos da pauta de importação que mais contribuíram para esse resultado foram veículos, equipamentos eletrônicos, material elétrico, têxteis, vestuário e calçados, minérios, plásticos e produtos químicos.
O Produto Interno Bruto é um dos principais indicadores da economia de um país. Ele representa a soma das riquezas geradas pelo conjunto dos diversos setores da cadeia produtiva, mas pouca gente sabe dizer o impacto que esse dado tem sobre o seu dia a dia.
Além de considerar a atividade de setores-chave como a agropecuária, a indústria e os serviços, ainda conta os dados da formação bruta de capital fixo, um nome para os investimentos das empresas e de investidores na compra de maquinário ou outros tipos de aplicações; as exportações e importações; e o consumo das famílias e dos governos, ou seja, o quanto os brasileiros e as administrações públicas consomem.
Quando aponta geração de riqueza inferior à observada no levantamento anterior, significa retração econômica. Essa retração aparece quando o número é negativo. A recessão técnica é observada quando esse número negativo aparece por dois trimestres seguidos.
Para o cálculo do PIB, feito trimestralmente, o IBGE só leva em consideração as atividades legalizadas. As informais não entram nas estatísticas da metodologia aplicada.
Fonte: R7
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