São Luis do Maranhão, 20 de julho de 2021.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Polícia investiga morte do filho de Flávio Dino

Hospital nega negligência no socorro ao garoto de 13 anos.

Marcelo sofreu uma parada cardíaca.
Ele foi internado ontem após ter uma crise de asma
A Polícia Civil de Brasília abriu, nesta terça-feira (14), inquérito para investigar se houve negligência no socorro ou erro médico na morte do estudante Marcelo Dino, de 13 anos, filho do presidente da Embratur (Empresa Brasileira de Turismo), Flávio Dino. Ele foi internado na tarde de segunda-feira na UTI do Hospital Santa Lúcia com grave crise de asma. Acordou bem na manhã hoje, mas voltou a passar mal após os médicos lhe aplicarem o remédio Solu-Cortef.

A autópsia do IML (Instituto Médico Legal) atestou insuficiência respiratória como a causa da morte do garoto, segundo filho de Dino com a professora Adriana Fonseca, de quem é divorciado. Ele foi velado durante a noite e será sepultado amanhã às 10h no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília.

A polícia quer saber se houve atraso atendimento do pedido de socorro ao paciente, se houve troca do remédio por engano e se a forma ou a dosagem de administração estavam corretas, explica o delegado Anderson Spindola, titular da 1ª DP.

- Vamos apurar todas as circunstâncias da morte.

Essa é a segunda vez em menos de um mês que o Santa Lúcia é investigado por suspeita de responsabilidade na morte de pacientes.

Hoje, o delegado requisitou ao hospital a lista de todos os profissionais - médicos, enfermeiros e atendentes - que tiveram algum tipo de contato com o caso de Marcelo.

Marcelo Dino tinha apenas 13 anos.
Segundo relato feito por Adriana, que o acompanhava na UTI, o rapaz acordou bem, pouco depois das 5h, aparentando estar recuperado da crise de asma. Ele conversou com a mãe normalmente e às 5h30, a equipe médica que o assistia aplicou o remédio, um anti-inflamatório esteroide de administração intramuscular ou intravenosa.

Logo a seguir, ele começou a passar mal, o que levou a família a desconfiar de erro de dosagem ou da eficácia do próprio tipo de medicamento para o aquele quadro clínico. Ao perceber o agravamento do quadro, Adriana deu o alerta à equipe por volta das 5h45, mas o atendimento, segundo o relato passado à polícia, só foi feito às 6h.

Marcelo reclamou de asfixia e de grande mal estar. Em seguida perdeu a consciência e entrou em coma. Em apenas 15 minutos estava morto. Os médicos levaram os 45 minutos seguintes tentando em vão ressuscitar o rapaz e às 7h comunicaram o óbito à família, que ficou revoltada com a possibilidade de falha médica, mas evitou fazer condenações públicas antes das investigações, que serão acompanhadas pelo Ministério Público.

Em nota, a direção do Hospital Santa Lúcia negou negligência no socorro, erro no tipo de remédio ou falhas na sua administração. "Tudo que o paciente necessitava estava à sua disposição na UTI", disse o diretor jurídico do hospital, Gustavo Marinho. O advogado garantiu que o remédio estava ao lado da cama do paciente.

- Tudo leva a crer que foi uma lamentável fatalidade.

Fonte: R7


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