São Luis do Maranhão, 20 de julho de 2021.

domingo, 22 de abril de 2012

PRISÕES NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MARANHÃO

Tribunal de Justiça do MA.
O presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Antônio Guerreiro Júnior, anunciou, no final da tarde desta sexta-feira (20), a exoneração de dois assessores do TJ-MA: Marco Túlio Cavalcante Dominici e Francisco Reginaldo Duarte Barros. Eles foram presos em São Luís, na quinta-feira (19), acusados de extorquir o empresário Savigny Sauaia.

Em entrevista coletiva à imprensa, concedida na sede do TJ-MA, na Avenida Pedro II, Guerreiro Júnior informou que encaminhará detalhadas informações sobre o caso ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

As medidas, segundo Guerreiro Júnior, foram tomadas para dar transparência à apuração do caso, que agora terá seus desdobramentos sob investigação da Polícia Civil. O desembargador também disse que, a partir da próxima segunda-feira (23), estará reunido com os diretores do Tribunal e anunciará as decisões visando evitar casos similares. 'Todos no Tribunal sabem da forma como trabalho e como eu cobro as responsabilidades de cada um quase que diariamente e é isso que vou fazer. Vou me reunir com os nossos diretores e estudar as medidas necessárias para que casos como esse não voltem a acontecer', declarou.

Durante a entrevista coletiva, Guerreiro Júnior informou que só poderia tomar medidas administrativas, como os atos de exoneração dos dois servidores. Ele assinalou que fez questão de se antecipar a um eventual pedido de esclarecimento do CNJ.

'O Conselho não me pediu nenhuma informação sobre o caso, mas eu mesmo já tomei providências para encaminhar tudo o que foi apurado até o momento. Daqui para frente, as investigações da Polícia é que vão apontar se existe mais alguma pessoa envolvida', acrescentou.

Constrangimento – Guerreiro Júnior disse que soube das prisões no momento em que se encontrava em Brasília, participando da cerimônia de posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto. Após buscar mais informações com o secretário de Segurança Pública do Estado, Aluísio Mendes, Guerreiro Júnior determinou à sua assessoria que providenciasse as exonerações.

'Eu estava no STF e recebia elogios da ministra Eliana Calmon quanto aos avanços que o Tribunal de Justiça do Maranhão tem feito nos últimos anos. Fiquei surpreso, constrangido mesmo e só não voltei a São Luís porque não havia mais voo para cá. Mas todas as medidas serão tomadas. Na condição de presidente eu só posso tomar medidas administrativas, como a exoneração deles. Após os trâmites legais é que o juiz designado para o caso tomará as decisões cabíveis', assegurou.

O secretário de Segurança Pública do Estado, Aluísio Mendes, disse que não descarta a possibilidade de envolvimento de outras pessoas no caso. 'Não descartamos essa e nenhuma outra hipótese', afirmou Aluísio Mendes. Segundo ele, a Polícia Civil tem um prazo de 10 dias para concluir o inquérito, já que os suspeitos foram libertados após o pagamento de fiança.

Fonte: JP

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